Divirta-se e boa leitura !

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Oi eu sou o Douglas!

Sou professor de História desde 2017. Minha história com a educação começou a partir de uma curiosidade insaciável. Hoje quero compartilhar histórias para fazer do mundo um lugar melhor. Vamos juntos?

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Em que ano nós estamos?

Como os seres humanos inventaram o tempo?

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E se eu te disser que você nem sabe em qual ano nós estamos você acreditaria em mim? pois é caro leitor e leitora, nós não estamos no ano que você pensa. Mas, antes de me chamar de doidão( não que eu não seja, mas só às vezes) me acompanha até o fim desse artigo que vou explicar direitinho porque você não está no ano que pensa que está.

Mas pra entender você vai ter que se ligar que sua mente funciona muito melhor se for tratada como um paraquedas beleza, então é hora de abrir a mente pra poder me acompanhar nessa jornada e compreender como nós inventamos o tempo.

Em outro artigo a gente já abordou a questão do tempo e ficou refletindo sobre como essa entidade misteriosa permeia nossas vidas e exerce um controle sutil sobre nós. Mas será que todos nós percebemos o tempo da mesma maneira?

Neste artigo, embarcaremos em uma viagem pelas diferentes percepções do tempo ao redor do mundo. 

Vamos explorar como o tempo pode variar de acordo com culturas, crenças e até mesmo experiências individuais. Então aperte os cintos e prepare-se para uma viagem pelo tempo!

As Diferentes Percepções do Tempo

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Então vamos começar pela sua percepção do tempo, é isso mesmo você ai do outro lado. Como é a sua relação com o tempo? Pois em essência o tempo tem uma dimensão subjetiva onde cada indivíduo tem sua própria relação com ele, e ela pode ser influenciada por fatores como personalidade, contexto histórico e cultural.

É como se cada sociedade e cada indivíduo que faz parte dela tivesse seu próprio “relógio interno”, guiado por costumes e tradições únicas.

Uma das formas mais comuns de perceber o tempo é através da dimensão cronológica. Essa percepção objetiva do tempo se baseia na sequência de eventos e na medição que utilizamos para organizá-lo. Interessante lembrar que a palavra “cronológico” deriva do nome do deus grego Cronos, uma figura mitológica associada à noção de tempo e que representa a passagem inexorável e inevitável do mesmo. Assim como Cronos, o tempo cronológico é implacável e ninguém pode escapar de seu fluxo contínuo.

O Tempo Histórico como Construção Cultural

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Além do tempo cronológico, há o tempo histórico, que se revela como uma construção cultural. Cada cultura possui sua própria forma de contar o tempo, baseada em eventos marcantes, celebrações e marcos históricos. É uma maneira de conectar o passado ao presente e projetar o futuro. 

Essa percepção do tempo histórico varia de acordo com as vivências e as tradições de cada comunidade, transmitindo sua identidade e memória coletiva ao longo das gerações.

Diferentes Culturas e Formas de Contar o Tempo

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A diversidade cultural é evidente também quando se trata de como diferentes sociedades contam o tempo.

Por exemplo, os calendários chineses, os ciclos maias e os festivais hindus são apenas alguns exemplos de como o tempo é percebido e vivido de maneiras distintas ao redor do mundo. Cada cultura tem suas próprias datas significativas, rituais sazonais e celebrações que marcam a passagem do tempo de forma única.

Ritmos do tempo: As sociedades rurais e o tempo da natureza

Imagine viver em uma sociedade onde o tempo é regido pelos ciclos da natureza. Nas sociedades rurais, a vida segue o ritmo das estações do ano, do nascer e do pôr do sol, das fases da lua. 

É como se a própria natureza ditasse o compasso da vida. Ah, os dias ensolarados do verão e as noites aconchegantes do inverno. 

Quem não adoraria viver assim, em harmonia com o ritmo natural das coisas? Pensando no tipo de sociedade que você vive eu diria que você não tem ideia de qual a fase da lua de hoje a noite, e talvez até as estações do ano tenham fugido da sua percepção, mas o que aconteceu que o tempo da natureza foi alterado? E já estamos chegando mais perto de você descobrir porque nem o ano que você acha que está está correto. Vamos seguindo

As Sociedades Industriais e o Tempo da Indústria

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Mas como dizem por aí, o tempo não para e as sociedades também não. Com a chegada da revolução industrial, o tempo ganhou uma nova dimensão. Agora, o relógio de ponto se tornou o chefe da obra, e as pessoas passaram a ser regidas pelos horários das fábricas e pelas metas de produção. Era o tempo da indústria, em que todos seguiam as exigências das máquinas e das tarefas produtivas. Mas será que esse ritmo frenético trouxe mais controle sobre o tempo ou nos transformou em meras peças de uma engrenagem?

Os seres humanos começam a ditar o ritmo do tempo. Não mais seguindo as exigências da natureza, agora vivemos em um mundo em que somos regidos pelas demandas das empresas e do trabalho. Prazos, metas e produtividade se tornam os ditadores da nossa rotina. Mas será que realmente ganhamos controle sobre o tempo ou apenas nos tornamos escravos dele? E aí já descobriu por que você não está no ano que pensa? Estamos chegando nos nossos dias

As Sociedades Pós-Industriais

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Com o advento das sociedades pós-industriais, o tempo mais uma vez sofre uma transformação. Agora, vivemos em um mundo em constante movimento, onde tudo acontece em uma velocidade vertiginosa. As pessoas vivem mais, se conectam pela internet, viajam em velocidades impressionantes, e as distâncias se encurtam. 

É a era da informação, da globalização, em que o mundo se torna cada vez mais interligado. É como se estivéssemos em uma montanha-russa temporal! E ai tá preparado pra descer porque até agora a gente só estava subindo, então joga a mão por alto e vem com o tio

Relógio - A história por trás do tempo

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Você já parou para pensar como o tempo é algo construído e organizado por nós? O relógio, esse pequeno objeto que nos acompanha diariamente, possui uma história e uma influência surpreendente em nossas vidas. Neste capítulo, vamos explorar a trajetória do relógio e refletir sobre o seu papel como organizador do tempo.

Para começar, é importante entender que a contagem do tempo é uma convenção social. Não existe uma medida universalmente “correta” para o tempo, é algo que nós mesmos estabelecemos. A forma como contamos o tempo é arbitrária e convencional. É uma construção humana que nos ajuda a nos orientar no mundo.

Os primeiros relógios mecânicos surgiram na China, há séculos atrás, e sua invenção foi um marco histórico. Eles funcionavam com base em um sistema de engrenagens e pesos cuidadosamente ajustados. O inventor desse incrível dispositivo foi Yi Xing, um monge budista e astrônomo.

O relógio inventado por Yi Xing era movido por um mecanismo de engrenagens que, por sua vez, era impulsionado por pesos. À medida que os pesos caíam gradualmente, as engrenagens giravam e moviam os ponteiros, indicando as horas, os minutos e até mesmo os segundos. Era um mecanismo surpreendentemente preciso para a época.

Imagine a sensação de ver aquele relógio mecânico na China antiga, com seus ponteiros se movendo de forma contínua, marcando o passar do tempo. Era uma invenção revolucionária, que permitia às pessoas uma nova forma de acompanhar as horas e se organizar em suas atividades diárias.

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A adoção dos relógios mecânicos não se limitou apenas à China. Com o tempo, essa invenção se espalhou para outras partes do mundo, transformando-se em um elemento essencial na vida das pessoas. Os relógios mecânicos, com seu funcionamento intrincado e precisão surpreendente, conquistaram o coração de muitos e se tornaram um símbolo de avanço tecnológico e controle do tempo.

A invenção do relógio mecânico na China foi apenas o começo de uma jornada que nos trouxe os relógios modernos que conhecemos hoje. Ao longo dos séculos, a tecnologia evoluiu, os mecanismos foram aprimorados e novos estilos de relógios foram desenvolvidos.
A complexidade de um relógio vai além de sua aparência externa. Quando desmontamos um relógio, nos deparamos com uma intrincada rede de engrenagens, molas e mecanismos minuciosamente projetados para funcionar em perfeita sincronia. Cada peça desempenha um papel específico, contribuindo para o movimento harmonioso dos ponteiros e indicando com precisão o passar do tempo.

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Essa complexidade nos faz refletir sobre uma teoria teológica que compara o mundo a um relógio e Deus ao grande relojoeiro que o criou. Segundo essa visão, assim como um relógio requer um projetista inteligente para ser construído e funcionar corretamente, o universo também necessita de uma inteligência suprema que o tenha projetado e colocado em movimento.

Essa teoria é conhecida como “teoria do relojoeiro” ou “teologia natural”, argumenta que a complexidade e a ordem presentes no mundo são evidências de um criador inteligente. Assim como um relógio requer um relojoeiro habilidoso para existir, o mundo também depende de um criador supremo para sua existência.

Essa analogia nos leva a questionar a origem do tempo e a complexidade da existência. Se um simples relógio requer uma mente inteligente por trás de sua criação, então o que dizer do universo com todas as suas leis e fenômenos complexos? Será que tudo isso é apenas o resultado de um acaso aleatório ou há um propósito e um projetista por trás de tudo isso?
Essas são questões profundas que têm sido debatidas ao longo dos séculos por filósofos, teólogos e cientistas. A analogia do relógio nos convida a refletir sobre a existência de um poder superior e a buscar respostas para as grandes perguntas sobre a origem e o propósito da vida

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Com o tempo, esses relógios foram adotados pelas torres das igrejas, desempenhando um papel fundamental na vida cotidiana. O toque dos sinos marcava o tempo sagrado, organizando as atividades religiosas e a rotina da comunidade.

Imagine-se ouvindo o soar dos sinos da igreja, chamando para a oração ou sinalizando o início e o fim do dia de trabalho. O relógio, associado ao tempo sagrado, ganhou um significado profundo na sociedade. Era como se houvesse uma inteligência divina, o grande relojoeiro, controlando as vidas dos seres humanos através desse instrumento.

Com o avanço da tecnologia, os relógios deixaram as torres das igrejas e se tornaram mais acessíveis e portáteis. Hoje em dia, eles estão presentes em nossos pulsos, bolsos e até mesmo em nossos celulares e computadores. O relógio tornou-se um verdadeiro organizador do tempo, um verdadeiro ditador, dizendo quando dormir, acordar, trabalhar e até mesmo quando é hora de relaxar e aproveitar momentos de lazer.

Essa ditadura do horário, como podemos chamar, é algo que enfrentamos em nosso dia a dia. Vivemos em uma sociedade em que o tempo é um recurso escasso e precisamos nos encaixar em uma agenda frenética. Mas é importante lembrar que o tempo é uma construção cultural e podemos buscar um equilíbrio entre as demandas da vida moderna e a nossa própria qualidade de vida.

Nesse ponto acho que você está perto de descobrir que o ano em que estamos é apenas…

Uma forma de interpretar o tempo: Os calendários

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Vamos começar descobrindo de onde vem a palavra “calendário”. Você sabia que ela tem origem no latim e está relacionada aos primeiros dias de cada mês no calendário romano? Nessas datas, os romanos cobravam dívidas e impostos, então já dá pra imaginar que eles sabiam como fazer dinheiro, né?

Na época da Roma antiga, o calendário era bem diferente do que estamos acostumados hoje. Eles seguiam os ciclos da lua e tinham apenas dez meses, começando em março e terminando em dezembro. Cada mês era dividido em três partes: os primeiros dias do mês (chamados de “kalendae”), o nono dia antes das ides (chamado de “nonae”) marcaram a lua cheia e eram dias sagrados para o deus romano Júpiter.

Vamos dar um rolê até a antiga civilização maia para conhecer seus calendários e entender porque o mundo deveria ter acabado em 21 de dezembro de 2012.
Os maias tinham um sistema calendárico bem complexo e preciso para contagem do tempo, que refletia sua conexão com a natureza e suas crenças religiosas.

Eles dividiam o tempo em dois componentes principais: o Tzolkin e o Haab. 

O Tzolkin, também conhecido como “Calendário Sagrado”, tinha um ciclo de 260 dias. Cada dia era identificado por um número de 1 a 13 e um nome de um dos 20 “selos” ou “signos”. 

Era como se cada dia tivesse sua própria personalidade, uma verdadeira festa de signos! Se Liga aí:

  • Imix (Crocodilo) – Representa o início, a água e as energias primordiais.
  • Ik (Vento) – Simboliza a comunicação, a inspiração e a inteligência.
  • Akbal (Noite) – Representa o mistério, o inconsciente e o mundo dos sonhos.
  • Kan (Semente) – Simboliza o crescimento, a fertilidade e o potencial.
  • Chicchan (Serpente) – Representa a energia vital, a transformação e a sabedoria ancestral.
  • Cimi (Morte) – Simboliza a transformação, a renovação e o ciclo da vida.
  • Manik (Cervo) – Representa a união, a harmonia e a habilidade manual.
  • Lamat (Estrela) – Simboliza a abundância, o brilho e o equilíbrio.
  • Muluc (Água) – Representa a purificação, a intuição e a sensibilidade.
  • Oc (Cão) – Simboliza a lealdade, a proteção e a busca espiritual.
  • Chuen (Macaco) – Representa a criatividade, o humor e a alegria.
  • Eb (Caminho) – Simboliza a sabedoria, a escolha e o destino.
  • Ben (milho) – Representa a estabilidade, o crescimento e o poder ancestral.
  • Ix (Jaguar) – Simboliza a força, a intuição e o poder espiritual.
  • Men (Águia) – Representa a visão, a coragem e a perspicácia.
  • Cib (Sábio) – Simboliza a sabedoria, a integridade e a justiça.
  • Caban (Terra) – Representa a estabilidade, a conexão com a natureza e a sustentabilidade.
  • Etznab (Espelho) – Simboliza a reflexão, a clareza e a verdade interior.
  • Cauac (Tempestade) – Representa a purificação, a renovação e o poder transformador.
  • Ahau (Sol) – Simboliza a iluminação, a energia solar e a realização espiritual.
    Esses 20 selos maias eram combinados com os números de 1 a 13 para formar os dias do Tzolkin, cada um trazendo sua energia única e influência sobre a vida das pessoas.

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Já o Haab era o calendário solar dos maias. Ele tinha 18 meses de 20 dias cada, totalizando 360 dias. Mas olha só a surpresa: para completar o ano solar, eles adicionavam mais 5 dias chamados de “Dias Fora do Tempo”. Era como se eles dessem um tempo a mais para celebrar e aproveitar a vida. E quem não queria uns dias a mais no calendário, né?

Os maias levavam a sério seus calendários. Eles organizavam festividades, rituais e cerimônias com base nas datas desses calendários. Eles acreditavam que cada dia tinha suas próprias energias e influências cósmicas. É como se cada dia fosse um convite para uma festa celestial!
Em 2012 o calendário maia chegava ao fim e muitos utilizaram esse fato para lançar a ideia de que o mundo terminaria naquela data, 21 de dezembro de 2012, saiu até um filme sobre isso.

Mas a realidade é que os maias não criam no fim do mundo, mas vamos abordar mais sobre sua mitologia e organização social em um artigo no futuro sobre esses povos.

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O calendário chinês

Mas se o calendário maia terminou em 2012 em que anos estamos, sei lá vamos perguntar para os chineses.

O calendário chinês é um dos mais antigos e complexos do mundo. Diferente do calendário ocidental, que segue o ciclo solar, o calendário chinês se baseia no movimento da lua e no ciclo solar. Isso significa que suas datas variam de acordo com os dois astros celestes, resultando em um calendário lunar-solar.

Uma das características mais interessantes do calendário chinês é a contagem dos anos. Em vez de números, os anos são representados por animais do horóscopo chinês. Cada ano é associado a um dos 12 animais: rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, carneiro, macaco, galo, cão e porco. Diz a lenda que Buda convocou todos os animais da Terra para uma reunião e apenas os 12 primeiros a chegarem foram selecionados para representar os anos do zodíaco chinês.

Além da contagem dos anos, o calendário chinês também possui festas e celebrações únicas. Uma das mais famosas é o Ano Novo Chinês, conhecido como Festival da Primavera. É uma época de grande importância na cultura chinesa, marcada por festividades, desfiles de dragões, danças do leão e queima de fogos de artifício. A data varia de acordo com o calendário lunar, geralmente ocorrendo entre janeiro e fevereiro.

Outra festa significativa é o Festival das Lanternas, celebrado no 15º dia do primeiro mês lunar. Nesse dia, as pessoas se reúnem para admirar e soltar lanternas coloridas no céu, simbolizando o afastamento de problemas e a chegada da sorte.

E não podemos esquecer do horóscopo chinês! Além de associar os anos aos animais, a astrologia chinesa também relaciona cada pessoa ao animal do ano em que nasceu. Segundo a crença, o animal do horóscopo chinês influencia a personalidade e o destino de cada indivíduo.
Uma curiosidade interessante é que, devido ao ciclo lunar, o Ano Novo Chinês não é sempre no mesmo dia do ano ocidental. 

Por exemplo, um ano pode cair em janeiro e, no próximo, em fevereiro. Essa variação é resultado da combinação entre o calendário lunar e solar.
O calendário chinês é uma verdadeira celebração da cultura e tradições milenares. Suas festas, horóscopo e forma peculiar de contar o tempo refletem a riqueza e a diversidade do povo chinês.

Mas ainda não sei em que ano estamos vocês já descobriram? 

Calendário Judeu e muçulmano

Vamos explorar dois calendários muito importantes e cheios de história: o calendário judeu e o calendário muçulmano. Será que a gente consegue finalmente descobrir em qual ano estamos?

Perguntando ao calendário judeu, ele é baseado em um sistema lunar, assim como o calendário chinês. No entanto, diferentemente do calendário ocidental, que segue um ciclo solar, o calendário judaico combina tanto o movimento da lua quanto o do sol. Isso resulta em um calendário lunissolar, que segue as fases da lua e ajusta-se periodicamente para acompanhar as estações do ano.

Uma das particularidades do calendário judaico é o fato de que os meses são determinados pelo ciclo lunar, começando com a lua nova. Cada mês possui 29 ou 30 dias, dependendo da aparição da lua nova. Além disso, o calendário judaico também segue a tradição de contar os anos a partir da criação do mundo, de acordo com a crença judaica. Atualmente, estamos no ano de 5782, de acordo com o calendário judaico.

Eita, agora então descobrimos que estamos no ano de 5782 certo. Eu te avisei que não sabíamos nem o ano em que estávamos né? Bora confirmar com os islâmicos

O calendário muçulmano é exclusivamente lunar, seguindo apenas o ciclo da lua. Ele é baseado nos movimentos astronômicos e é de fundamental importância para a religião islâmica. O calendário muçulmano possui 12 meses, cada um com cerca de 29 ou 30 dias, dependendo da observação da lua.

O calendário muçulmano tem seu início marcado pelo evento conhecido como Hégira. A Hégira foi a migração do profeta Maomé de Meca para Medina em 622 d.C. Esse evento é considerado um marco histórico e religioso para os muçulmanos e marca o início do calendário muçulmano. Atualmente, estamos no ano 1444 AH (Ano da Hégira), de acordo com o calendário muçulmano.

Pera! então na verdade estamos em 1444? Já começou a perceber as questões sobre a contagem do tempo, vamos entender melhor esse calendário.

Uma característica interessante do calendário muçulmano é a importância do mês de Ramadã. Durante esse período, os muçulmanos jejuam do nascer ao pôr do sol como um ato de devoção religiosa. O Ramadã é considerado um mês sagrado e é celebrado com orações, leitura do Alcorão e atos de caridade.

Outra diferença notável entre os calendários judaico e muçulmano é o início do novo ano. Enquanto o calendário judaico comemora o Rosh Hashaná, que geralmente ocorre em setembro ou outubro, o calendário muçulmano celebra o início do ano com o Muharram, que varia de acordo com as observações astronômicas e cai em diferentes datas a cada ano.

Esses calendários têm um papel importante na vida dessas comunidades religiosas, orientando as festividades, os rituais e até mesmo as práticas cotidianas. Eles são uma parte fundamental da identidade cultural e religiosa tanto do judaísmo quanto do islamismo.

Agora que você conhece um pouco mais sobre calendários que nunca tinha ouvido falar que tal e deixar as coisa mais familiares pra vocês hein? olha como eu sou legal

 

O calendário cristão

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Você sabia que o calendário que usamos hoje em dia tem como referência o nascimento de Cristo? 

Pois é, essa ideia foi proposta pelo monge Dionísio, também conhecido como Dionísio o Pequeno, lá pelo século VI. Ele pensou que o ano um deveria começar a partir de 753 da era romana, acreditando que esse era o ano do nascimento de Jesus. Assim, o calendário cristão nasceu!

Uma coisa interessante é a divisão que fazemos entre a.C. (antes de Cristo) e d.C. (depois de Cristo). É como se o nascimento de Jesus fosse um marco na história, marcando uma mudança importante. Isso acabou se tornando a divisão mais usada em todo o mundo e nos ajuda a situar os eventos históricos.

Mas o calendário juliano cristão ficou todo desregulado sabia?

Tá ligado aquele momento em que você olha para o calendário e percebe que as datas estão todas bagunçadas? Bem, foi exatamente isso que aconteceu lá no século XVI. O calendário que as pessoas usavam na época, chamado calendário juliano, estava um pouquinho desregulado em relação às estações do ano.

A bagunça era tão grande que o pessoal estava comendo peru de Natal no verão e tomando sorvete no Natal! Imagina só que confusão! Isso porque o calendário juliano tinha um pequeno probleminha: ele não levava em conta que o ano solar não tem exatamente 365 dias, mas sim 365 dias e cerca de 6 horas.

Essas 6 horas a mais a cada ano não parecem muita coisa, mas ao longo do tempo elas acumulam e acabam bagunçando tudo. Depois de muitos séculos usando o calendário juliano, essas horas a mais já haviam se acumulado e o calendário estava todo desalinhado com as estações.

Foi aí que entrou em cena o Papa Gregório XIII, que decidiu botar ordem na bagunça calendárica. Ele convocou um time de astrônomos e matemáticos para resolver o problema de uma vez por todas. Depois de muitos cálculos e estudos, eles descobriram que o calendário juliano estava atrasado em cerca de 10 dias.

Mas não foi só isso. Eles também perceberam que a solução não era apenas adiantar 10 dias, mas sim fazer uma correção maior. Então, em 1582, o Papa Gregório XIII anunciou o novo calendário, que ficou conhecido como calendário gregoriano.

 

A mudança foi simples: eles pularam 10 dias do calendário. Sim, é isso mesmo! As pessoas foram dormir no dia 4 de outubro de 1582 e acordaram no dia 15 de outubro. Imagina só a confusão que isso causou na época! Mas foi uma confusão necessária para acertar as datas com as estações do ano.

Além disso, o calendário gregoriano também introduziu uma regra para evitar que a bagunça acontecesse de novo. A cada 4 anos, temos um ano bissexto, com um dia a mais no mês de fevereiro. Mas nem todo ano bissexto é bissexto de verdade. Se o ano for múltiplo de 100, ele só é bissexto se também for múltiplo de 400. Complicado, né?

Uma curiosidade é que, na época em que adotaram o calendário cristão, os europeus não tinham muito conhecimento sobre o conceito de zero. Por isso, decidiram começar a contar no ano um, pulando o ano zero. O zero como número posicional foi desenvolvido na Índia e só depois se espalhou pelo mundo.

Em relação às divisões do calendário ocidental, temos dias, semanas, meses e anos, né? Mas também temos outras partes históricas, como décadas, que são períodos de dez anos, séculos, que são períodos de cem anos, e milênios, que são períodos de mil anos. Essas divisões nos ajudam a entender em qual século estamos, levando em conta o ano atual e a contagem desde o nascimento de Cristo.

O calendário cristão é cheio de histórias e curiosidades! É incrível como a contagem do tempo está relacionada à cultura e à história das pessoas ao redor do mundo. E se eu te disser que nem o nascimento de cristo e sua data é um consenso, a verdade é que nem o tal ano um do calendário cristão está 100% correto, mas é fato que você acha que sabe o ano em que estamos somente a partir do nascimento de cristo. 

Mas então depois dessa bagunça toda e de cada povo contar o tempo de uma forma diferente como os historiadores dividem o tempo, afinal nós também contamos do nosso jeito se liga aí.

Afinal como os historiadores dividem o tempo em períodos? Parece uma tarefa desafiadora, não é mesmo? Vamos explorar a periodização histórica, entender como o tempo é dividido em eventos considerados “significativos” e descobrir quem inventou essa forma de organizar a história.

Divisão do tempo em períodos

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Ao estudar história, é comum nos depararmos com a divisão do tempo em períodos, como pré-história, idade antiga, idade média, idade moderna e idade contemporânea. Mas como essas divisões surgiram e por que elas são importantes? Vamos descobrir juntos!

Quem inventou a periodização histórica? A periodização histórica foi uma criação dos próprios historiadores ao longo dos séculos. Não existe uma única pessoa responsável por essa ideia, mas sim um processo gradual ao longo do tempo. Diferentes sociedades e culturas têm suas próprias formas de organizar o tempo, mas a periodização como a conhecemos hoje é amplamente influenciada pela visão europeia.

Outras formas de periodização

É importante ressaltar que existem outras formas de periodização, além da tradicionalmente adotada. A periodização pode ser abordada a partir de diferentes enfoques, como político, econômico, cultural ou religioso. É uma questão de ponto de vista de quem elabora a periodização, o que pode resultar em diferentes divisões do tempo.

 

As críticas a periodização

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A divisão da história em pré-história e história propriamente dita é alvo de críticas por que essa ideia de pré-história pressupõe que antes desse período não havia história, o que é uma visão simplista e reducionista e não leva em conta diferentes formas de história humana. 

Na verdade, diferentes culturas e civilizações ao redor do mundo possuíam suas próprias formas de registrar e transmitir conhecimentos, mesmo que não da maneira escrita tradicional. Portanto, é importante considerar essas culturas e suas contribuições para a história da humanidade.

 

O eurocentrismo na elaboração da periodização

Outra crítica significativa é o eurocentrismo na forma como a periodização histórica é elaborada. Muitas vezes, a história europeia é privilegiada em detrimento de outras culturas e civilizações. Isso cria uma perspectiva limitada e distorcida, não reconhecendo a diversidade de experiências históricas pelo mundo. É fundamental valorizar as contribuições de todas as culturas e sociedades para uma compreensão mais abrangente da história.

A falsa impressão de que alguns eventos são capazes de mudar a história de uma única vez

A periodização histórica muitas vezes enfatiza eventos pontuais como marcos divisórios significativos. No entanto, essa visão simplista pode nos dar uma falsa impressão de que a história é moldada por momentos isolados. Na realidade, os movimentos históricos são complexos e multifacetados, influenciados por uma infinidade de fatores sociais, políticos, econômicos e culturais. Portanto, é importante analisar a história de forma mais ampla e considerar as mudanças graduais ao longo do tempo.

Diversidade na hora de contar o tempo

Cada cultura traz consigo uma visão única do mundo e do tempo. Seja no calendário que utilizam, nas festas e celebrações que marcam o passar dos dias, ou mesmo na forma como encaram o relógio, todas essas perspectivas são valiosas e merecem ser apreciadas.

O calendário, seja ele baseado na natureza, como os dos povos indígenas, ou na organização industrial, como o calendário ocidental, reflete os modos de vida e as prioridades de cada sociedade. Cada um desses calendários nos convida a uma jornada, nos mostra as diferentes facetas do tempo e nos convida a apreciar a diversidade que nos cerca.

Da mesma forma, o relógio, que pode ser tanto uma ferramenta de controle industrial quanto um objeto de conexão com o tempo sagrado, nos lembra que o tempo é uma construção humana. Ao reconhecermos as múltiplas formas de encarar o tempo, expandimos nossas perspectivas e enriquecemos nossa experiência de vida.

A periodização histórica, embora tenha sido uma forma útil de organizar o conhecimento e compreender os eventos passados, também tem suas limitações. Ela muitas vezes reflete uma visão eurocêntrica da história, deixando de lado outras culturas e perspectivas igualmente importantes.

Uma alternativa à periodização histórica é a abordagem temática. Ao invés de dividir a história em períodos fixos, podemos explorar os temas e as interconexões entre eles. Isso nos permite enxergar a história de forma mais abrangente, valorizando as contribuições de diferentes culturas e perspectivas ao longo do tempo.

Convido você a refletir sobre a importância de valorizar as diversas culturas e as diferentes formas de contar o tempo. Cada uma delas traz consigo uma riqueza única, uma sabedoria ancestral e uma visão do mundo que merece ser conhecida e apreciada. Vamos abrir nossos corações e mentes para essa diversidade, construindo pontes de entendimento e respeito.

Se você gostou dessa reflexão e deseja explorar mais sobre esses temas, não deixe de nos acompanhar. vamos continuar contando histórias para fazer do mundo um lugar melhor!

Junte-se a nós nessa jornada de descoberta e valorização da diversidade!

 

Referências para saber mais:

BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

HOBSBAWM, Eric J. A era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

LE GOFF, Jacques. História e memória. 2ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1996.

THOMPSON, E. P. Tempo, disciplina de trabalho e capitalismo industrial. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

 

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