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Oi eu sou o Douglas!

Sou professor de História desde 2017. Minha história com a educação começou a partir de uma curiosidade insaciável. Hoje quero compartilhar histórias para fazer do mundo um lugar melhor. Vamos juntos?

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A História e o Historiador

História ciência X História para dormir

Você sabe a diferença entre História como Ciência e as historinhas para dormir?

Você sabia que apenas os seres humanos são capazes de contar histórias? 

Até onde sabemos nossa espécie é a mais inteligente do planeta. Após a revolução cognitiva nossa capacidade de compreender o mundo ao nosso redor aumentou de forma gigantesca e a partir desse momento não paramos mais de aprender.

Mas será que essa capacidade de contar histórias foi capaz de transformar as nossas vidas tanto assim?

Vejamos...

Não sei vocês, mas pra mim a resposta é sim para todas as alternativas. A capacidade de contar histórias é revolucionária. Contar uma boa história é fundamental para chamar a atenção, se comunicar e até mesmo fazer novos amigos.

Então tá legal, os seres humanos são os únicos animais que conseguem contar histórias. Mas qual a diferença entre a história ciência para estas histórias de filmes, livros e até mesmo as historinhas para dormir?

A verdade é que a história é uma ciência que se ocupa de algo muito especifico no passado. O ser humano. Para ser mais exato a história estuda a ação humana no tempo e espaço. Assim diferente das historinhas para dormir e aquelas que gostamos tanto de assistir na internet ou televisão, a história ciência utiliza um método cientifico para compreender cada ação dos seres humanos no passado e quais são as influências dessa construção histórica para o nosso presente.

Como o Historiador chega até o passado?

Será que existe alguma espécie de máquina do tempo que faz com que todos os historiadores façam uma viagem e comecem a entender como era a vida no tempo dos nossos ancestrais?

Seria muito legal não, é? Mas não. A verdade é que…

“O bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana sabe que ali está a sua caça”. (BLOCH, Marc,2001,p.15.)

Para chegar ao passado o historiador assim como um caçador, busca os rastros que os seres humanos deixaram. Como exemplo podemos usar até mesmo as histórias de que falávamos.

O que as histórias do cinema, teatro, livros e televisão têm em comum com a história como ciência?

O fato de todas elas terem sido criadas por seres humanos.
Assim, mesmo o cinema ou as series de televisão podem ser utilizadas como fontes para que possamos estudar o passado.

Mas por qual motivo o historiador estuda sobre o passado?

A verdade é que todo o estudo sobre o passado permite compreender como era a vida humana e ajuda a explicar como nossa espécie conseguiu chegar até onde chegou. Sempre buscamos melhorar nossas formas de enxergar o mundo ao nosso redor, movidos por uma outra característica bem humana, a curiosidade.

O que move os historiadores nessa viagem para o passado é sempre um sentimento de curiosidade sobre o nosso presente, sempre olhamos para o passado com os olhos do nosso tempo atual. Por exemplo:

Você sabe dizer por que existem afrodescendentes no Brasil? E porque eles se localizam mais na região do Nordeste do que na região sul?

Para compreender a ocupação do território brasileiro e sobre a diferença cultural de um povo é necessário fazer uma investigação do passado. No caso dos afrodescendentes no Brasil nossa viagem nos levaria para meados do século XVI quando se inicia o processo de tráfico de pessoas escravizadas, que obrigou diversos africanos a viajarem para o Brasil. Em sua grande maioria foram levados para a região do Nordeste onde se concentra a maior população afrodescendente até os dias atuais.

Nesse sentido o historiador estuda a ação dos seres humanos no tempo, para conhecer o passado, responder questões do presente e planejar melhor o futuro. Afinal conhecer a história da escravidão nos ajuda a compreender melhor as características dos seres humanos, e a evitar que tais práticas que foram nocivas para humanidade voltem a acontecer.

Referências para saber mais:

BLOCH, Marc. Apologia da história, ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

PINSKY,Jaime. Escravidão no Brasil. São Paulo: Contexto,2012

Vídeo aula:

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