O trabalho do Historiador
As etapas do trabalho do historiador.
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Por que a curiosidade matou o gato?
Bom, essa pergunta por si só já não deixa de ser curiosa, não é mesmo?
Afinal, por quê somos tão curiosos?
A verdade é que a curiosidade é uma característica humana e talvez uma das mais interessantes de todas, ela cria a possibilidade de irmos além de nossos conhecimentos e descobrir sempre mais.
Hoje vamos descobrir algo novo, afinal quais são as etapas do trabalho de construção da história.
Então seguem 5 etapas do trabalho do historiador:
1- Curiosidade
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A curiosidade é o primeiro elemento que vai fazer com que o historiador se mova.
O que será que existe além?
- Das montanhas?
- Da morte?
- Do mar?
- Do deserto?
- Da floresta?
Como chegamos até aqui?
As coisas sempre foram desse jeito?
Poderiam ser diferentes?
Onde posso pesquisar sobre o assunto?
O que eu já sei sobre ele?
O que eu gostaria de saber?
Assim, parafraseando Albert Einstein:
“São as perguntas que movem o mundo”, elas colocam o trabalho do historiador em movimento.
Aqui cabe um paradigma, o historiador está pesquisando no passado, a partir das curiosidades do presente para lançar um olhar para o futuro.
A curiosidade é o que nos leva à toca do coelho da Alice. Mas assim como o coelho, estamos sempre atrasados, captando ecos do passado que já não se fazem mais presentes, a não ser através de nossas pesquisas e a partir de nós.
De certa forma ser historiador é ressuscitar os mortos para responderem às nossas curiosidades.
2- Definição do tema
“Pra quem não sabe pra onde vai qualquer caminho serve” Lewis Carroll.
Na busca por sanar nossas curiosidades, corremos o risco de cair de vez no buraco do coelho e então ficarmos completamente perdidos, sem direção e sem caminho.
É por isso que uma das etapas mais importantes para sua pesquisa é definir o tema.
O que mais me interessa nesse assunto?
Existem documentos sobre isso no Brasil?
3- Pesquisa
Agora que você já definiu qual vai ser o tema pelo qual você mais se interessa, é hora de partir para a pesquisa e para isso precisamos ficar atentos as fontes que serão utilizadas como por exemplo:
- Observação de expressões culturais
- Busca por fontes materiais e imateriais
- Livros
- Arquivos públicos
- Fotos
- Cartas
- Depoimentos
- Filmes
A quantidade de vestígios humanos é muito grande, por isso a importância da definição do tema na segunda etapa. Porque uma pergunta leva a outra e mais outra e os vestígios são infinitos. Faça o seu recorte histórico e pesquise de forma organizada tentando ao máximo não fugir do tema.
4- Relato
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Após a definição do tema de acordo com a sua curiosidade. Aqui acho importante reforçar isso, quando for realizar a pesquisa, certifique-se que você escolheu um tema que realmente gosta, que exista uma curiosidade genuína sobre aquilo, isso deixa todo o processo mais divertido e prazeroso na hora da sua produção.
Essa é a etapa onde chegou a hora de produzir as hipóteses e respostas que você encontrou durante toda a sua pesquisa, fazer todas as anotações necessárias e criar o seu relato sobre os novos conhecimentos que você construiu e colocar o seu tijolinho nessa grande muralha chamada humanidade.
5- Apresentação pública
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Depois de tanto trabalho agora chegou a hora da divulgação de suas pesquisas, afinal ninguém acende uma vela para colocar embaixo da cama, não é mesmo? Iluminem a sala toda, chamem os amigos, vão para as redes sociais, publique livros, Ebooks, façam exposições, palestras. Divulguem, divulguem e divulguem.
Qualquer trabalho que fazemos com dedicação merece ser compartilhado com o maior número de pessoas possível. Assim podemos criar uma comunidade cada vez melhor, com seres humanos cada vez melhores.
Escolha o seu caminho, saiba qual a direção que você quer ir. Por que se não, qualquer caminho serve e não escolher nossos próprios caminhos pode nos levar aos piores caminhos.
Não deixe os outros escreverem a sua história. Seja você o protagonista
Referências para saber mais:
FUNARI. Pedro, Paulo;SILVA. Glaydson, José. Teoria da História. São Paulo: Brasiliense,2008.